sexta-feira, 31 de maio de 2013

Escritor brasileiro radicado nos Estados Unidos aposta em livros digitais

Marcelo Antinori é um escritor brasileiro que vive em Washington, é economista e trabalhou por vinte anos no Banco Interamericano de Desenvolvimento e no Banco Mundial com projetos implementados em 26 países da América Latina e do Caribe. A partir de 2012, passou a  dedicar integralmente seu tempo a escrever e tem romances publicados em português, inglês e espanhol.
 
Ele é um escritor que conhece e acredita no livro digital e que está publicando suas três obras desta forma: uma em inglês e em espanhol The last flight of the Condor; e outras duas em português, O Labirinto de Mariana e O Húngaro que partiu sem avisar – todas disponíveis em versão digital em http://www.amazon.com/. Em julho está programado o lançamento de mais um livro, O macaquinho com a roupa de Napoleão (título provisório).
 

Por viver nos Estados Unidos, Marcelo Antinori pode acompanhar a revolução que o livro digital causou no mercado editorial. Como qualquer um, gosta de manusear certos livros especiais, mas a vantagem do livro eletrônico (como complemento ao livro tradicional) é que ele facilita a auto-publicação, o que aumenta dramaticamente o poder dos escritores e, do outro lado, provoca um enorme aumento da oferta e uma brutal redução de preços.

Já no ano que vem, um leitor (e especialmente um estudante) que viva em Lins, no Estado de São Paulo, em Campina Grande, na Paraíba, ou em Araguari, Minas Gerais, vai ter acesso por seu tablet a milhões dos melhores títulos a preços inferiores a dez reais, o que tende a provocar um aumento no nível de leitura do país.

Para conhecer um pouco mais sobre Marcelo Antinori e suas obras, visite o site do escritor: http://www.marceloantinori.com/inicial_br.html.   
 

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Funarte lança nesta terça-feria (28/5) o livro 'Teatros do Rio - do Século XVIII ao Século XX'

A Fundação Nacional de Artes - Funarte lança nesta terça-feira (28/5), às 18h, no Teatro Dulcina, Centro do Rio de Janeiro, a o livro Teatros do Rio - do Século XVIII ao Século XX, de José Dias. A obra é um inventário comentado das salas de espetáculos do Estado do Rio de Janeiro - um panorama inédito do desenvolvimento da arquitetura cênica no Rio de Janeiro, que também registra história da atividade teatral. O trabalho traz análises de cada teatro; inclui estudos sobre os projetos e as condições de sua construção; e cita espetáculos, autores e artistas que marcaram época, de 1767 a 1999. O prefácio é de Barbara Heliodora.
 
Reconhecido diretor de arte, cenógrafo, professor e doutor em Artes, José Dias traça, na obra, um painel dos espaços culturais fluminenses e faz reflexões sobre sua transformação. A pesquisa não se limita à análise dos teatros da capital, mas também das salas do interior. "José Dias, nome reconhecido no meio teatral, produziu uma obra de muito valor, que, como ele mesmo diz, é como um estudo 'arqueólogico' do teatro", afirma o Presidente da Funarte, Antonio Grassi. "O livro é fruto de uma difícil recuperação de dados sobre teatros do Rio de Janeiro, símbolos para a cultura brasileira, muitos deles já demolidos. O trabalho pode ser considerado referência para profissionais, pesquisadores e estudantes de arquitetura cênica e artes cênicas", conclui Grassi.
 

Teatros do Rio analisa a atividade teatral no período colonial, no Rio e em outros estados, desde a abertura da Casa da Ópera do Padre Ventura, no Centro do Rio; as estreias de João Caetano e das peças de Martins Pena, no Séc. XIX, no Teatro de São Pedro de Alcântara; as históricas salas cênicas do Centro da capital carioca e os espaços do polo cultural da Praça Tiradentes; os cineteatros do Séc. XX; até a criação dos modernos teatros dos "shoppings" cariocas. Os teatros de bairros; a migração das salas para a Zona Sul; os centros culturais; e os espaços não convencionais, estão entre os temas do trabalho. Ele é fruto da tese de doutoramento que Dias s ubmeteu à Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP) em 1999, a partir de material coletado em arquivos públicos, bibliotecas e até em fundos de quintal e porões, e de relatos de arquitetos, cenógrafos, técnicos e artistas.

No prefácio, Barbara Heliodora destaca que José Dias é conhecedor não somente da cenografia, como também de "todos os problemas e mistérios das instalações técnicas de que ela depende". Para Bárbara, a obra "é uma contribuição preciosa não só para o teatro como também para todos os interessados em nossa vida cultural".

Sobre o autor
O carioca José Dias, doutor em Artes pela ECA-USP, é professor associado da UFRJ e titular da Unirio, onde foi vice-reitor. Começou a carreira de cenógrafo em 1970, como assistente de Pernambuco de Oliveira. Desde então, já participou de mais de 370 espetáculos, no Brasil e no exterior. Foi premiado 12 vezes e recebeu 22 indicações para prêmios, como o Molière, o Mambembe e o Shell, entre outros. Na TV, trabalhou na antiga Tupi e na Globo (1974-1989), onde foi responsável pela cenografia de várias novelas, do seriado O Bem-Amado e de diversos programas. Fez mais de 20 filmes para cinema e publicidade. Prestou assesso ria técnica para mais de 90 teatros, em todo o Brasil. É autor do livro Odorico Paraguaçu - o Bem-Amado de Dias Gomes (2009).

SERVIÇO:
Lançamento do livro Teatros do Rio - do Século XVIII ao Século XX
Autor: José Dias
Edição Funarte
744 páginas
Preço: R$ 70,00
Dia 28 de maio, Terça-feira, às 18h
Teatro Dulcina - Rua Alcindo Guanabara, 17, Centro
Rio de Janeiro (RJ)

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Flip 2013 anuncia programação completa. Graciliano Ramos será o homenageado deste ano


Em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (23/5) foi divulgada a programação completa da 11ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que acontecerá entre os dias 3 e 7 de julho e vai homenagear os 60 anos de Graciliano Ramos (foto), conforme anunciou Miguel Conde, curador da festa literária. A principal atração da festa será o francês Michel Houellebecq, vencedor do Prêmio Goncourt e autor de O mapa e o território (Record), que cancelou a vinda para a Flip em 2011.

Uma característica que vem se tornando acentuada a cada ano é a participação de convidados de fora do mundo literário e, nesta edição, ficará ainda mais forte, com presença de arquitetos, historiadores de arte, cineastas e músicos. “A organização quis, este ano, participantes que exploram os limites do discurso literário, seja em diálogo com a poesia ou a pesquisa história”, enfatizou Conde.


São os casos, por exemplo, do crítico de arquitetura da revista "New Yorker" Paul Goldberger, que vai debater com o arquiteto português Eduardo Souto de Moura, vencedor do Prêmio Pritzker em 2011, considerado o Nobel da área, e da cantora Maria Bethânia, que participa de um recital em homenagem ao poeta português Fernando Pessoa, junto da professora Cleonice Berardinelli.


Alguns dos nomes mais elogiados da poesia brasileira contemporânea foram convidados para participar da Flip, como a mineira Ana Martins Marques, autora de "A arte das armadilhas" (Companhia das Letras), que divide a mesa, no dia 4 de julho, quinta-feira, com as poetas Alice Sant'Anna e Bruna Beber. Da nova geração estão os romancistas Daniel Galera, que escreveu o livro "Barba ensopada de sangue" (Companhia das Letras); José Luiz dos Passos, autor de "O sonâmbulo amador" (Objetiva); e Paulo Scott, autor de "O habitante irreal" (Objetiva), lançado no final de 2011.


Os interessados em adquirir ingressos para as conferências da Flip poderão fazê-lo a partir das 10h do dia 10 de junho, pelo site Ingresso Rápido, em pontos de venda indicados no mesmo endereço e pelo telefone (4003-1212). A partir das 9h do dia 3 de julho, a venda acontece apenas na bilheteria oficial da Flip, em Paraty. As entradas para as mesas realizadas na tenda dos autores custarão R$ 46. Para assistir à transmissão na tenda do telão, R$ 12, e para o show de abertura R$ 22 (pista) e R$ 46 (cadeira). Há limite de dois ingressos por pessoa de acordo com o CPF do comprador.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA:
QUARTA (3/7)
19h
Graciliano Ramos: Aspereza do Mundo e Concisão da Linguagem
Milton Hatoum
21h30
Show de Gilberto Gil

QUINTA (4)
10h
O Dia a Dia Debaixo d’Água
Alice Sant’Anna
Ana Martins Marques
Bruna Beber
12h
As Medidas da História
Paul Goldberger
Eduardo Souto de Moura
14h30
Culturas Locais e Globais
Marina de Mello e Souza
Gilberto Gil
17h15
Formas da Derrota
José Luiz Passos
Paulo Scott
19h30
Olhando de Novo Para Guernica, de Picasso
T. J. Clark

SEXTA (5)
10h
Graciliano Ramos: Ficha Política
Randal Johnson
Sergio Miceli
Dênis de Moraes
12h
O Prazer do Texto
Lila Azam Zanganeh
Francisco Bosco
15h
A Vida Moderna em Kafka e
Baudelaire
Roberto Calasso
Jeanne Marie Gagnebin
17h15
Ficção e Confissão
Tobias Wolff e Karl Ove
Knausgard
19h30
Lendo Pessoa à Beira-mar
Maria Bethânia
Cleonice Berardinelli
21h30
Uma Vida no Cinema
Nelson Pereira dos Santos
Miúcha

SÁBADO (6)
10h
Maus Hábitos
Nicolas Behr
Zuca Sardan
12h
Encontro com Eduardo Coutinho
15h
O Espelho da História
Aleksandar Hemon
Laurent Binet
17h15
Os Limites da Prosa
John Banville
Lydia Davis
19h30
Encontro com Michel
Houellebecq

DOMINGO (7)
11h
Graciliano Ramos: Políticas da Escrita
Wander Melo Miranda
Lourival Holanda
Erwin Torralbo Gimenez
13h
Tragédias no Microscópio
Daniel Galera
Jérôme Ferrari
15h
Literatura e Revolução
Tamim Al-Barghouti
Mamede Mustafa Jarouche
17h
A Arte do Ensaio
Geoff Dyer
John Jeremiah Sullivan
18h45
Livro de Cabeceira


A cantora e apresentadora Isis Regina lança livro “Mães em Oração” em turnê pelo Brasil



O livro é formado por depoimentos de mães que entregaram seus filhos nas mãos de Deus

A cantora e apresentadora Isis Regina está lançando seu mais novo livro Mães em Oração em uma movimentada turnê por diversas cidades brasileiras. A maratona começou no coração da capital paulistana, no dia 10, e passou pelo Rio de Janeiro na última terça-feira (21), em sessão de autógrafos na Livraria Cultura do Shopping Fashion Mall, que reuniu amigos, fãs e familiares da cantora. Ainda em maio, Isis passará por Brasília, no próximo dia 28. Em junho, será a vez de Porto Alegre, dia 13, Salvador, dia 18, e por último, Belo Horizonte, dia 28.

Isis Regina autografa seu livro em São Paulo

O livro Mães em Oração surgiu a partir de um blog de mesmo nome, criado por Isis em 2011, para que diversas mães escrevessem depoimentos e publicassem suas experiências maternais. A ideia era a troca de informações e aprendizados, já que, ao mesmo tempo em que as histórias contadas serviam para as mães que as liam, era uma forma da autora refletir e passar adiante seus ensinamentos.

Lançado pela Editora Thomas Nelson Brasil, o livro é composto por relatos comoventes de mãos que aceitaram colocar seus filhos nas mãos de Deus. Em mais de 100 depoimentos contidos nesta obra é possível encontrar reflexões e mensagens deixadas pela autora do livro. “Sabe o que acontece quando uma mãe ora por um filho? Ela o entrega aos cuidados do Deus todo-poderoso. Ore, confie, creia. Se o lobo tentar comer o seu filho, vai morrer de fome”, diz trecho da obra.

Na obra são abordados diversos temas que abrangem as mais distintas realidades: desde um momento de atitude impensada, em que a mãe acabou falando algo que não devia à aceitação das mudanças. Uma verdadeira reunião de ensinamentos e conforto aos corações destas grandes guerreiras.

Confira o cronograma das próximas sessões de autógrafos:
- FNAC Brasília - 28 de maio (terça), das 18h às 22h.
- FNAC Porto Alegre - 13 de junho (quinta), das 18h às 22h.
- Saraiva Salvador Shopping - 18 de junho (terça), 15h às 22h.
- FNAC Belo Horizonte - 28 de junho (sexta), das 18h às 22h

Sobre a autora:
Isis Regina é cantora e apresentadora. Casada com o pastor Maurício Albuquerque e mãe de Isabela, tem se dedicado a promover a oração intercessora de mães em todo o Brasil e no mundo. As experiências são reunidas no blog Mães em oração (www.maesemoracao.com), idealizado pela autora em maio de 2011.


Foto: Renato Lelles/Arca Universal
 

terça-feira, 21 de maio de 2013


Já está nas livrarias brasileiras 'Inferno', a mais recente trama do criador de 'O Código Da Vinci' e 'Anjos e Demônios'



Desde que O Código da Vinci se converteu no romance mais vendido da História, Dan Brown criou seus próprios códigos. Religião e arte tornam a se encontrar sob o olhar ousado de Robert Langdon em Inferno (Arqueiro), que chegou ontem (20) às livrarias brasileiras com uma primeira edição na versão de papel de 500 mil exemplares. Mas o autor reivindica a compatibilidade entre complexidade e best-seller.

"Não há nada mais difícil do que escrever um livro fácil de ler", assegurou Brown. "Ao contrário, é muito fácil escrever um livro difícil de ler. O truque para que as páginas voem tem muito a ver com ensinar algo novo em cada página", acrescentou.

Brown, especialista em tecer tramas que não deixam o leitor respirar, escrutina desta vez a matemática e a estrutura complexa da obra magna de Dante Alighieri, A Divina Comédia, e toma de sua primeira parte (reservando-se O Purgatório e O Paraíso) a inspiração para passear e reinterpretar as ruas de Florença, onde desperta amnésico seu personagem fetiche: o catedrático de Simbologia da Universidade Harvard, Robert Langdon.

Intrigas de poder que unem as corrupções do século 14 com as do 21 surgem deste Inferno. Brown leu Dante na adolescência, mas só descobriu há pouco a influência definitiva que teve na modernidade o passeio de Virgílio pelos nove círculos que conduzem ao reino de Satanás.

Foi aí que decidiu investigar o que seu alter ego Langdon poderia encontrar ali, ao ver tão claramente reunidos todos os elementos de sua equação mágica: arte, religião e conspiração. "A arte imita a vida e a vida imita a arte. A arte funciona como um reflexo do que realmente estamos pensando e, em muitos casos, a religião funciona da mesma maneira. É um reflexo de perguntas aos que continuamos pedindo respostas", refletiu Brown.

As respostas a essas perguntas são a especialidade de Langdon, que volta às andanças pela quarta vez neste livro. Depois de convencer com sua análise de A Última Ceia, de Leonardo Da Vinci, o número recorde de 81 milhões de leitores, de debutar em Anjos e Demônios e manter o nível em O Símbolo Perdido, Brown chega ainda mais audacioso a esta trama mefistofélica.

"Esse personagem me encanta, têm cada vez mais inteligência e melhor entendimento do mundo que o rodeia. Além disso, creio que os leitores gostam de reencontrar personagens que já conhecem. Não tenho medo de me enquadrar", explicou Brown.

Ao acordar de um pesadelo, Langdon percebe estar em um hospital. Ao olhar pela janela,descobre-se em Florença, sem saber como deixou os EUA e o que provocou o ferimento em sua cabeça. Quando um novo atentado à sua vida acontece no hospital, ele é obrigado a fugir.

CRÍTICAS
Dan Brown
Convertido em milionário (com seu êxito atual, editou obras do passado como A Fortaleza Digital e A Conspiração), Brown não tem a crítica do seu lado, mas isso não o preocupa tampouco. "Escrevo o livro que eu gostaria de ler", diz, entre risos.

E com a rentabilidade comercial das adaptações cinematográficas de O Código da Vinci e Anjos e Demônios, dirigidas por Ron Howard e protagonizadas por Tom Hanks, ele espera que Inferno se traduza no terceiro filme baseado em sua obra. "Estou seguro de que haverá um filme de Inferno. Esses livros são muito cinematográficos e neles sucedem coisas que se desenvolvem em cenários espetaculares que funcionam muito bem no cinema", confia.

A esta altura, Brown já tem aura de estrela de Hollywood. Para a promoção de Inferno, ele concede as entrevistas sem entrar em contato com o jornalista, mas lhe enviando as repostas às suas perguntas em um vídeo pela internet. Ele tampouco adianta os livros aos meios de comunicação. Mas Brown fica encantado de falar no espanhol que aprendeu em Sevilha, quando ainda não era um escritor célebre e tentava triunfar no mundo da música.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Livro ‘Fragmentos do Rio Antigo’ tem sessão de autógrafos amanhã na Livraria Folha Seca, no Centro



Foi há muito tempo, mas já houve uma tentativa de se defender o Rio de Janeiro com um muro, como aconteceu em muitas cidades medievais da Europa. O projeto, que durou três séculos, nunca foi muito à frente, principalmente por discordâncias e falta de continuidade de um governo para outro, um problema que, aliás, até hoje atrapalha as obras longas no país.

A história das idas e vindas da construção do muro, cujos limites iam até a altura da atual Rua Uruguaiana, é um dos capítulos do livro Fragmentos do Rio Antigo, escrito pelo jornalista André Luis Mansur e pelo médico Ronaldo Morais. A dupla faz uma sessão de autógrafos em novo lançamento nesta terça-feira (21/5), às 19h, na Livraria Folha Seca, na Rua do Ouvidor, 37, Centro, Rio de Janeiro.

O livro é repleto de fotos de importantes monumentos históricos do Rio tiradas por Ronaldo, principalmente nos anos 80. Uma dela é a Fazenda de Nossa Senhora da Conceição, na Pavuna, demolida na década de 80 e que abrigava uma picota, a única descoberta até hoje na cidade. A picota era um instrumento de tortura dos escravos e que substituía o pelourinho nas áreas mais afastadas do centro da cidade.

Outra fazenda importante era a de Colubandê, em São Gonçalo, e que abrigou muitos judeus perseguidos pela Inquisição. Nas fotos ela aparece bastante degradada, mas hoje está muito bem preservada e oferecendo bárias atividades de lazer para os moradores da região. Outro monumento que aparece bastante degradado no livro e hoje está restaurado é a Casa de Banhos de D. João VI, no Caju, que hoje é o Museu da Limpeza Urbana da Comlurb. A Casa de Banhos era o local oferecido ao príncipe-regente para ele tomar banho na praia do Caju por recomendação médica, já que havia sido picado por um carrapato na Fazenda de Santa Cruz, na antiga zona rural da cidade. Com a medida, D. João inaugurou um hábito hoje totalmente associado ao lazer do carioca: o banho de mar.

O livro traz também, entre outros monumentos importantes, a estação de trem de Marechal Hermes, de 1912, a Fundição Cavina, em Lins de Vasconcelos, de onde saiu, por exemplo, a estátua de Tiradentes, que fica em frente à Assembleia Legislativa. A fundição Cavina hoje está abandonada, assim como o Reservatório do Morro da Viúva, entre Flamengo e Botafogo.

HISTÓRIAS CURIOSAS
Além dos monumentos, o livro traz histórias curiosas e divertidas, como o primeiro acidente de automóvel da cidade, provocado pelo poeta Olavo Bilac, que bateu numa árvore com o carro do abolicionista José do Patrocínio. Outro caso que mereceu destaque no livro é o de Bárbara dos Prazeres, que morava perto do Arco do Teles, na atual Praça XV, e que, segundo reza a lenda, utilizava métodos bem sinistros em seus rituais. A história também, esta bem real, do assassinato da esposa de Fernando Carneiro Leão, amante de Carlota Joaquina, a mandante do crime, mostra como as relações de poder muitas vezes atropelaram os trâmites judiciais.

Já a lenda da Pedra da Gávea, de que o suposto rosto que aparece na formação rochosa, seria de um monarca fenício, gera até hoje argumentos bem curiosos, até porque as inscrições que aparecem numa parte da rocha até hoje não foram bem explicadas.

“Sabe-se que nem todo brasileiro é apaixonado por carro, mas José do Patrocínio o era, até porque o seu era o único da cidade. E sua desolação foi imensa, pois seu carro foi a primeira “perda total” do trânsito no Rio. Quem não ficou triste, com certeza, foi o povo carioca, ao pensar que ao invés de um tronco de árvore poderia existir um pedestre no meio do caminho”.

Filho de Elza Soares lança livro sobre Garrincha no Bar da Eva, no Grajaú



Quem não conhece o grande jogador de futebol Mané Garrincha? Aquele do Botafogo, que com suas pernas tortas dava um nó em qualquer adversário, marcando sua época e fazendo o torcedor vibrar? O que pouca gente conhece é o outro lado desse homem, seus dramas e vida... A figura emblemática, que sofreu e fez sofrer, mas, que também riu e fez rir. 

E é para revelar um pouco mais da história e dos 'causos' de Mané, que Gerson Suares, seu enteado - filho de Elza Soares -, lança o livro De pernas para o ar - minhas memórias com Garrincha, pela Editora Oficina Raquel, com uma noite de autógrafos pra lá de descontraída, nesta terça-feira (21/5), às 19h, no futebolístico Bar da Eva, no Grajaú - charmoso bairro da Zona Norte carioca.

GARRINCHA E SEU CRONISTA DEFINITIVO

Mito. Anjo. Gênio. Muitas são as palavras usadas no correr dos tempos para definir Garrincha. Diversas justas, muitas não, todas incapazes de abranger o tamanho do personagem – como jogador, imenso; fora do campo, ainda maior.

Gerson Suares reúne características que fazem dele o cronista perfeito para Garrincha. Amante de futebol, cansou de ver as diabruras do maior ponta de todos os tempos. Enteado do craque, acompanhou Mané em incontáveis aventuras extracampo. Amigo do homem, é capaz de olhar a trajetória de Garrincha com muito amor.

E humor: boa parte das crônicas reunidas no livro leva o leitor ao riso e ao prazer – as histórias são impagáveis, desde a tentativa de Garrincha desestabilizar um garçom que nunca derrubara uma bandeja, passando pelos inverídicos e deliciosos causos contados pelo craque, chegando à irrefreável gana de Mané sempre rir e fazer rir.

O livro é dividido em três partes. Na primeira, Gerson foca o jogador e muitas de suas curiosas histórias no Botafogo e na seleção, celebrando o futebol, jogo que inventou Mané Garrincha e que Mané Garrincha reinventou. Na segunda, o outro lado: o alcoolismo que vitimou o craque, algumas tragédias que lhe aconteceram e injustiças sofridas, algumas ao lado de Elza Soares. Mas o livro volta a sorrir na terceira parte, a mais longa, e transforma-se numa festa de humor e irreverência, celebrando a vida e o legado do mais chapliniano personagem que o Brasil gerou. Gerson Suares consegue dar ao leitor uma dimensão magnífica de Garrincha – mito, anjo, gênio, mas, sobretudo, homem.

As crônicas, afinal, deixam no leitor um doce gosto de contentamento, em companhia do incomparável Mané e de seu cronista definitivo, enteado e filho de coração, Gerson Suares. De pernas para o ar ficavam os marcadores de Mané, e assim também ficará o leitor desse livro, entre algumas lágrimas e muitos risos.

SERVIÇO:
Noite de autógrafos do livro "De pernas para o ar - Minhas memórias com Garrincha", de Gérson Suares - Editora Oficina Raquel
Data: 21/5/2013 - às 19h
Local: Bar da Eva (Rua Mearim, 110, Grajaú - Rio de Janeiro)
Tel: (21) 3647-9125

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Sessão de autógrafos de 'VIDA DE GARI' homenageia o Dia do Gari, comemorado hoje


Comemora-se hoje, 16 de maio, o Dia do Gari. Encarregados de recolher o lixo, limpar e varrer as ruas das cidades, parques e praças, esses profissionais merecem todo o nosso abraço, carinho e aplauso.


Para festejar a data, o gari e escritor Haroldo César realiza hoje, das 15 às 18h, na Livraria Folha Seca (Rua do Ouvidor, 37), no Centro, RJ, uma sessão de autógrafos de seu livro Vida de Gari.

Conta a história que a profissão de gari surgiu no Rio de Janeiro, quando um empresário chamado Aleixo Gary, que era francês, assinou contrato com o governo imperial para organizar o serviço de limpeza das ruas e praias da cidade. Do seu sobrenome surgiu o popular 'gari'.

Almanaque conta a história do centenário da Seleção Brasileira



O jornalista e escritor Luis Pimentel acaba de lançar sua mais recente obra: “Almanaque Brasil de Todas as Copas - 1914-2014, com ilustrações de Amorim e selo da Editora Mauad. A publicação reúne anos de histórias da seleção brasileira, desde 1914 quando disputou a primeira partida oficial, que em 2014 se torna centenária. 
 
A Seleção Brasileira de Futebol, a Canarinho, verdadeira paixão nacional, disputou sua primeira partida oficial em 1914. E ganhou. Mesclando jogadores de times cariocas e paulistas, venceu, no Rio de Janeiro, a equipe inglesa do Exeter City Football Club, por 2x0. Nessa trajetória que se torna centenária em 2014, espalhou sua mística, disputou 19 Copas do Mundo, venceu cinco e presenteou a História do Futebol com ídolos eternos, como Ademir da Guia, Leônidas da Silva, Pelé (o maior atleta de todos os tempos), Garrincha, Nilton Santos, Sócrates, Ronaldo Fenômeno, Romário... e já prepara para essa galeria um futuro gênio chamado Neymar.

Luis Pimentel e Amorim: uma dupla afinada
O autor: O flamenguista Luís Pimentel é jornalista e escritor, com livros publicados em diversas áreas: do futebol ao humor, da música brasileira a poesias, contos e histórias infanto-juvenis.

O ilustrador: O tricolor Amorim, um dos grandes nomes da charge, do Cartum, da caricatura e da ilustração, tem longa folha de serviços prestados à arte do desenho. Ilustrou uma centena de livros e recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Livro sobre cerco da mídia ao governo Vargas será lançado hoje (14/5) no Rio de Janeiro



A Nitpress e a Editora da UFF convidam para o lançamento hoje (14/5), do livro O Caso Última Hora e o cerco da imprensa ao Governo Vargas, de Aloysio Castelo de Carvalho, que relata o auge do UH e sua influência em grandes momentos da História recente do Brasil.


Depois de analisar a participação dos jornais na conspiração do golpe de 1964 no livro A Rede da Democracia - O Globo, O Jornal e o Jornal do Brasil na queda do governo Goulart, o professor Aloysio Castelo de Carvalho, da Universidade Federal Fluminense, volta ao estudo da atuação política da imprensa em seu novo trabalho: O caso Última Hora e o cerco da imprensa ao governo Vargas, também publicado em coedição pela Nitpress e pela Editora da UFF.

A obra será lançada nesta terça-feira (14), numa programação voltada especialmente para os jornalistas e estudantes de comunicação, no saguão e 9º andar da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), na Rua Araújo Porto Alegre, 71, Centro, RJ. Haverá exposição de fotos e reprodução de primeiras páginas de UH; debate com a participação do autor, do presidente da ABI, Maurício Azedo, e dos cientistas políticos Renato Lemos (IFCS/UFRJ) e Fernando Lattman-Weltman (CPDOC/FGV); bate-papo com o jornalista Miranda Jordão, que acompanhou todas as fases do vespertino fundado por Samuel Wainer, e confraternização de ex-jornalistas da Última Hora no bar Amarelinho, na Cinelândia. A programação começa às 17h e se estende até as 21h, sendo que o lançamento do livro acontece às 19h30m.
 
Em seu prefácio, a professora Maria Aparecida de Aquino, da USP, ressalta o caráter "presente e eterno" do tempo de que trata o livro. "É um tempo, como nos diz Hannah Arendt, de homens em tempos sombrios, (...) o que quer dizer que situações semelhantes, que oporão mesquinhez e grandeza ou as mesclarão, poderão ser encontradas em passados distantes ou no futuro remoto. Isto torna este O caso Última Hora e o cerco da imprensa ao governo Vargas, de Aloysio Castelo de Carvalho, absolutamente imprescindível".

Para o jornalista Alberto Dines, que assina a orelha do livro, o período que vai de 1949 a 1956 é o mais rico da imprensa brasileira, com o surgimento de importantes órgãos de imprensa, como "Tribuna da Imprensa", "Última Hora" e "Manchete". Segundo ele, "o duelo [travado entre a "Última Hora" e a "Tribuna da Imprensa"], aparentemente singular, é a parte visível de uma selvagem cruzada contra um brilhante repórter [Samuel Wainer] que ousou deixar a redação e a busca de manchetes para ingressar no esclusivíssimo clube dos donos de jornal".

quinta-feira, 9 de maio de 2013

O preço do livro, por Karine Pansa, presidente da Câmara Brasileira do Livro

Entre 2011 e 2010, o preço médio do livro no Brasil recuou 6,11% nas vendas das editoras ao mercado. No acumulado entre 2004, quando as editoras tiveram isenção do PIS/Cofins, e 2011, a queda foi de 21,8%. Descontada a inflação, significa decréscimo real de 44,9%. Os números constam da pesquisa anual “Produção e Vendas do Mercado Editorial Brasileiro”, realizada pela conceituada Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE).

Os números mostram que o mercado editorial, por meio da redução dos preços, dentre outras numerosas ações que vêm sendo empreendidas, está avançando na meta prioritária de ampliar o hábito de leitura. Pesquisa DataFolha, realizada na Bienal Internacional do Livro de São Paulo, em agosto de 2012, corrobora a tendência de que cresce a procura por livros, inclusive por consumidores de classes de renda menor: aumentou o número de indivíduos adultos (43% em 2012, contra 38% em 2010) que visitaram a Bienal do Livro pela primeira vez. Cresceu, ainda, a proporção dos frequentadores da Classe C, de 14% para 19%.

Ainda segundo o DataFolha, os visitantes, que foram 750 mil na Bienal Internacional do Livro de São Paulo em 2012, compraram mais: 82% dos frequentadores, ante 80% em 2010, adquiriram livros no evento. A média cresceu de cinco títulos, em 2010, para seis por pessoa.

O efeito do menor preço e de ações de estímulo à leitura, como a própria Bienal de São Paulo, a realização de feiras de livros em todo o País e a compra e distribuição de obras didáticas, paradidáticas e literárias a alunos das redes públicas, também se evidencia nos números do mercado. A última edição da pesquisa FIPE mostra que as editoras brasileiras comercializaram aproximadamente 469,5 milhões de livros em 2011, estabelecendo um novo recorde de vendas para o setor.

O número é 7,2% superior ao registrado em 2010, quando cerca de 438 milhões de exemplares foram comercializados. Do ponto de vista do faturamento, o resultado também foi positivo, e atingiu a casa dos R$ 4,837 bilhões – um crescimento de 7,36% sobre o ano anterior, o que, se descontada a inflação de 6,5% pelo IPCA do período, corresponde a um aumento real de 0,81%.


Esse baixo aumento real do faturamento mostra que as editoras estão trabalhando com pequenas margens, visando prioritariamente manter os preços cada vez mais acessíveis para os brasileiros. Não se pode esquecer, ainda, que seus custos, muito além do PIS/Cofins e da isenção tributária dos livros, também sofrem os efeitos de todos os demais ônus que recaem sobre a produção no Brasil: os encargos sociais/trabalhistas, os juros para investimentos, o preço alto da distribuição num país de imenso território com infraestrutura de transportes e logística deficientes e outras despesas ao longo da cadeia produtiva.

São visíveis os avanços no sentido de reduzir o preço do livro e promover a sua democratização. Há, porém, muito o que se fazer em várias frentes, incluindo o sistema de ensino, as famílias, as entidades de classe do setor editorial e o poder público, em especial por meio de uma efetiva reforma tributária, e de medidas positivas como o Vale-Cultura. Se todos fizerem sua parte, o livro passará a ser um direito inerente à cidadania brasileira.

*Karine Pansa, 36, sócia-diretora da Girassol Brasil Edições, é presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL).

domingo, 5 de maio de 2013

'Dias de Luta' tem sessão de autógrafos nesta segunda-feira na Livraria Cultura do Cine Vitória



Bate-papo e sessão de autógrafos de lançamento da nova edição de Dias de luta - O rock e o Brasil dos anos 80, do jornalista Ricardo Alexandre, acontece nesta segunda-feira, dia 6, na Livraria Cultura do Cine Vitória (Rua Senador Dantas, 43, Cinelândia, Centro, Rio de Janeiro). O evento contará com a presença de Selvagem Big Abreu, Alvin L. e José Roberto Mahr, com a mediação de Alessandro Alr, do projeto Maldita 3.0. A capa do livro é uma criação do designer Alex Vargas Cassalho com ilustrações de Marcus Penna, inspiradas nos oitentistas videogames de 8-bits. A obra tem o selo da Arquipélago Editorial.

Dias de luta é o registro de um período único da música brasileira. Na década de 1980, entraram em perfeita sincronia uma geração de artistas talentosos e uma indústria fonográfica ávida por novidades. Essa combinação, somada a um momento histórico propício a rupturas e recomeços, transformou o rock brasileiro em um fenômeno de massa inédito no país. Os jovens roqueiros tornaram-se popstars. A música cosmpolita tomou conta das rádios e das TVs. O rock virou um grande negócio.

A história do rock brasileiro dos anos 80, da ascensão à queda, é reconstituída com precisão pelo jornalista Ricardo Alexandre. Resultado de seis anos de um impecável trabalho de pesquisa e reportagem, Dias de luta foi publicado originalmente em 2002 e logo se tornou uma referência indispensável para quem pretende conhecer aquela década extraordinária e seus incríveis personagens. O livro passou vários anos fora de catálogo – e, portanto, fora do alcance de muitos leitores. É o que procuramos corrigir com esta nova edição, totalmente revista, corrigida e atualizada.

 

A obra apresenta novo e surpreendente projeto gráfico (baseado nos videogames de 8-bits tão populares na época) e um apêndice redigido em 2013, com as 50 músicas mais importantes do período. “Para o leitor baixar e ouvir no iPod, que era uma possibilidade que obviamente não existia em 2002”, conforme conta Ricardo Alexandre.

 

 Foto do autor: Daniel Lenço/Divulgação

sábado, 4 de maio de 2013

Festa Literária movimenta o bairro de Santa Teresa neste fim de semana




O bairro de Santa Teresa, na região central do Rio de Janeiro, está em festa neste fim de semana. Mas, não é uma festa qualquer. Trata-se da  Festa Literária de Santa Teresa – FLIST, uma reunião de diversos eventos literários que enchem as ruas e casas de poesia, histórias, sonhos e emoções. Aberta na manhã deste sábado, a FLIST continua amanhã, das 8 às 18h, com um leque de atrações para o público, inclusive gastronômico, já que diversos bares e restaurantes criaram pratos com nomes de escritores famosos.

A Festa Literária de Santa Teresa – FLIST nasceu da prática literária da Biblioteca Anísio Teixeira do Centro Educacional Anísio Teixeira - CEAT, promotor e realizador da FLIST. Inspirada na FLIP de Paraty, a FLIST chega aos cinco anos com um formato que leva o público leitor ao encontro direto com os livros e os profissionais da área. Assim, a FLIST incentiva a leitura e soma-se a outras iniciativas literárias para transformar o Rio numa cidade leitora.

Neste mês de maio, quando o outono chega, é tempo de derramar poesia nas ladeiras do bairro que parece ter parado no tempo e toma conta de morros e vistas da Cidade Maravilhosa. Neste ano comemorativo dos cinco anos da FLIST, os espaços literários foram batizados com os nomes dos autores homenageados em anos anteriores (Lygia Bojunga, Manoel de Barros, Bartolomeu Campos de Queirós e Joel Rufino dos Santos) e Ana Maria Machado, a grande homenageada desta edição.

A FLIST tem diversas atrações para o público, como estandes, debates, roda de leitura, contação de história e uma grande biblioteca, voltada especialmente para o público infantil. Neste domingo, às 16h, na Rua Murtinho Nobre, 169, acontecerá o bate-papo “Tessituras de Ana Maria Machado”, organizado pela também escritora Ninfa Parreiras. O evento contará com a participação da professora de Língua Portuguesa Cintia Barreto, do Colégio Estadual André Maurois, no Leblon.

“O objetivo deste bate-papo é estabelecer uma conversa prazerosa sobre os livros da Ana Maria Machado e ressaltar seus aspectos estruturais, estilísticos e temáticos. Um aspecto que eu abordarei, por exemplo, é a estratégia do humor na obra O príncipe que bocejava. O intuito é levar um pouco da minha experiência como leitora da Ana Maria Machado e como professora de Literatura Brasileira”, disse Cintia.

A homenageada de 2013
Ana Maria Machado vive e escreve dialeticamente, apresentando em suas histórias o ponto e o contraponto dos conflitos para, em seguida, trazer uma síntese que se abre para uma nova situação sem nunca se encerrar em uma mensagem ou uma lição. Diz ela: “Um escritor não tem que se preocupar com mensagens. Tem que contar uma boa história, de uma maneira interessante, com surpresas de linguagem, e criar um livro que divirta, faça pensar e fique na lembrança do leitor de alguma maneira, dando vontade de reler ou relembrar de vez em quando”.

Essa combinação original é o mistério que nos atrai e que torna a sua obra única: a sua vida como uma pessoa comum e o seu olhar artístico e crítico para observar e procurar entender o mundo e suas relações, local e globalmente e, depois, nos contar, do seu jeito o que vê e sente. Por isto suas histórias têm sucesso também com crianças e jovens de terras diferentes e distantes do Brasil, em dezenas de países onde estão publicadas. 

Ana não escreve livros para agradar, mas porque sua reflexão sobre a vida se faz por meio da escrita. Escrevendo, dialoga e partilha com os leitores suas experiências contando para isto com uma memória privilegiada. Sempre atenta ao que ocorre ao seu lado, ou mesmo longe, ela rapidamente conecta o passado e o presente com o olhar para o futuro, dando sentido às situações simples e complexas da vida nos ensinando o valor da História.