Na
apresentação do evento à imprensa, em São Paulo, a presidente da CBL, Karina
Pansa, comemorou a sua consolidação como o maior “encontro do negócio com a
cultura” e enfatizou a programação feita para provocar transformações. Houve
crescimento de 37% no total de expositores, de 18% na área de exposição e de
33% nas atividades da programação cultural.
A presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Karine Pansa, conduziu nesta terça-feira, 31/7, em encontro com a imprensa, na capital paulista, a abertura oficial da 22ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que começa dia 9 de agosto, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, com programação desenhada para expressar o tema conceitual do evento: “Porque livros transformam o mundo, porque livros transformam pessoas”.
Antes da programação cultural, Karine Pansa destacou as conquistas que afirmam hoje o evento literário de São Paulo, desde a parceria estabelecida com a Reed Exhibitions Alcantara Machado para a exposição de 2010. A ação, segundo ela, redefiniu a Bienal e recuperou com sucesso o público visitante. “Para esta edição de 2012, a CBL conseguiu ir além. Não poupamos esforços nem recursos para oferecer uma grande experiência ao visitante”.
Expressos em números, os principais resultados do investimento da CBL na 22ª Bienal do Livro significam, em relação à exposição anterior, crescimento de 37% no total de expositores, de 18% na área de exposição e de 33% nas atividades da programação cultural. “O evento consolidou-se como o maior encontro do negócio com a cultura na América Latina”, afirmou Karine Pansa.
Caldeirão de ideias
Com
investimento de R$ 2 milhões e cerca de 370 convidados envolvidos nas
atividades culturais, a programação da
22ª Bienal do Livro presta homenagens a Jorge Amado, Nelson Rodrigues e
ao movimento modernista conhecido como Semana de Arte de 22, que serão
lembrados de maneira diversa nos sete pilares temáticos em que as ações foram
estruturadas para os diferentes segmentos de público.
A curadoria principal da programação é de Antonio Carlos de Moraes Sartini, diretor do Museu da Língua Portuguesa, e dos jornalistas Zeca Camargo e Paulo Markun. Na coletiva de imprensa, os três destacaram em comum, no conjunto de apresentações culturais, a intenção de provocar ideias, questionamentos e dúvidas, especialmente nas novas gerações.
“Por trás de cada livro existe um pensamento
diferente e é desse caldeirão de diversidade que queremos aproximar o visitante
da Bienal, em contraponto a um pensamento cada vez mais globalizado, marcado
mais por certezas. Queremos inquietar,
provocar dúvidas do bem”, explicou Sartini.
“A ideia é
oferecer mais interrogações”, completou o jornalista Zeca Camargo, curador do
espaço jovem # Você + Quem + ?, cuja programação tem formatos e conteúdos
múltiplos, como moda, filme, performances artísticas, depoimentos de paixões
radicais e adolescências em várias questões. “A minha experiência pessoal é de
que o livro transforma mesmo as pessoas. Quero transmitir o recado essencial de
que o livro, como ideia, não morre nunca. “
Por que maior?
Nesta
edição, a programação cultural da Bienal do Livro se espalha por mais dois
novos espaços: os pilares temáticos Telas&Palcos e Livros&Cia. Para o
primeiro, o curador Rubens Ewald Filho articulou o encontro da literatura com o
cinema e a dramaturgia. No segundo caso, a proposta do jornalista Quartim de
Moraes, que faz a curadoria, é reunir os profissionais do livro para debater os temas relacionados ao
setor. “A ideia da CBL aqui é resgatar um pouco do espírito das antigas
convenções de editores, fóruns anuais em que o povo do livro debatia seus
problemas”. Em Livros&Cia., informa o curador, um dia de atividades será
dedicado ao livro digital, com seis mesas de debate para explorar o tema.
Atração
cultural que também promete convidar mais público para a Bienal é a Travessa
Literária, nova área com 84 metros quadrados reservada aos escritores
independentes, com 21 autores inscritos,muitos estreando na exposição
literária. No total, o evento conta com 480expositores, 346 nacionais e 134
internacionais.
O acesso
de maior público ainda será estimulado por uma facilidade logística essencial:
transporte gratuito de ida e volta à Bienal a partir de duas (em vez de uma)
estações de metrô: a Barra Funda e a Tietê.
É pelo esforço em articular parcerias que viabilizaram tais arranjos e
pelo investimento total de R$ 32milhões no evento, que a CBL tem a expectativa
de receber nesta Bienal mais de 800 mil visitantes.
Investimento: R$ 32 milhões
Área ocupada: 34 mil m² (em área total de 60 mil m²)
Área comercializada: 20 mil m²
SERVIÇO
22ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo
Período: 9 a
19 de agosto de 2012
Horário de funcionamento: das 10 às 22h
Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi
End.: Av. Olavo Fontoura, 1.209 – São Paulo – SP
Transporte gratuito em dua
estações de metrô: ônibus de ida e volta à Bienal nos terminais Barra Funda e
Tietê.
Valor do ingresso: R$ 12,00
(inteira) e R$ 6,00 (meia)
Venda antecipada: www.bienaldolivrosp.com.br / www.ingressorapido.com.br; Lvrarias
Fnac (na de Pinheiros, sem taxa de conveniência); unidades do Sesc, na capital
e interior, para matriculados na entidade.
Entrada gratuita:
professores, bibliotecários, estudantes inscritos em visitação escolar
programada, profissionais da cadeia produtiva do livro, maiores de 60 anos e
crianças com até 12 anos, mediante apresentação de documento comprobatório.
Fotos: Divulgação
Fotos: Divulgação